Dois dias após o primeiro revés da temporada, o Montes Claros deu a volta por cima, devolveu o placar e retomou a liderança do Campeonato Mineiro contra o próprio Minas. Com parciais de 25/23, 18/25, 27/25 e 25/20, o Pequi Atômico mostrou que era o dono da casa, ditou o ritmo durante a maior parte do jogo e garantiu três pontos, diante de cerca 3 mil torcedores. Bob foi o maior pontuador da equipe, com 16 marcações.

Montes Claros venceu bem o Minas, por 3 sets a 1 | Foto: Gustavo Ângelo

Montes Claros venceu bem o Minas, por 3 sets a 1 | Foto: Gustavo Ângelo

 

Montes Claros reforçou a estigma de não ter jogadores titulares. A equipe, que começou com Rodrigo Ribeiro, André Nascimento, Kachel, Bob Dvoranen, Renan Purificação, Rafael e Salsa, teve inúmeras mudanças durante toda a partida, sem nenhum jogador em quadra em 100% do tempo. Um dos destaques foi o levantador Índio, que entrou no time na segunda etapa e ficou na posição, trocando apenas em algumas oportunidades com o oposto Wagner, para dar mais consistência ao bloqueio.

O jogo

O Pequi Atômico começou esta segunda partida contra o Minas como na primeira: preciso nas jogadas. Sem grandes erros, o time, apesar do placar apertado, ditou o caminho do jogo, dominando o time de BH, explorando suas qualidades e os erros do adversário, que tentava forçar saque mas encontrou pelo caminho a boa recepção do time norte mineiro, fundamento deixou a desejar na partida anterior. Lance incrível no primeiro set; depois de grande rali, o central Rafael encontrou o caminho aberto e deu o ponto de 6/5 para o Moc.

A equipe belorizontina corrigiu a postura na segunda etapa e deu suadeira no Moc. Os visitantes voltaram dispostos a recuperar o placar e, como vem se tornando tradição, erros de arbitragem tiraram a concentração do Montes Claros em momentos cruciais da partida. No principal lance, o Pequi Atômico poderia ter aberto dois pontos de vantagem, mas com erro grotesco, onde colocou a bola na linha do lado do Minas, foi marcado bola fora.

Vitória devolve liderança ao Pequi Atômico | Foto: Gustavo Ângelo

Vitória devolve liderança ao Pequi Atômico | Foto: Gustavo Ângelo

Na terceira etapa o Montes Claros parecia que iria ceder à pressão do adversário acoado. Muitos erros de saque do Pequi Atômico no começo do set, mas aos poucos o time foi se encontrando em quadra e construindo o placar mais equilibrado de toda a partida.

O ânimo aumentou no último set. O time do Moc já saiu à frente no placar e dominou toda a etapa final sem dar chances ao adversário, que não encontrava mais brechas na equipe da casa para construir seus pontos. Sem se comprometer, o Moc fechou em erro de saque nervoso do time do Minas, e garantiu, assim, a liderança na competição.

Final de jogo e jogadores aliviados. Marcelinho Ramos, que no único treino realizado na última sexta-feira (18) teve uma longa conversa de incentivo com os jogadores, que uma derrota é normal, mas que o time não pode se acostumar à elas. Antes da partida deste sábado, os jogadores se reuniram, assistiram ao vídeo compilado com os principais lances da primeira partida contra o Minas e estudaram estratégias de jogo. Deu certo.

“Ontem (sexta) passamos (comissão técnica) o dia inteiro estudando o que poderia e o que não poderia ser feito. Acredito que tenhamos feito um bom jogo na quinta-feira por um bom período de tempo, mas com erros infantis – erros graves – e que, em relação a eles, tínhamos uma margem de crescimento muito grande se minimizássemos este número de erros e, se fizéssemos algumas situações diferentes de quinta-feira, seria muito difícil não ganharmos o jogo”, aponta o treinador. “Eles (jogadores) entenderam bem isso e cumpriram taticamente tudo que combinamos no vestiário, mas o mais importante de tudo isso é o que falo para vocês. Trabalho em conjunto, é o trabalho coletivo, é o time em todos os setores jogando de forma equilibrada junto à esta torcida maravilhosa”, completou.

O elenco com várias opções deu ao treinador possibilidade de realizar um grande rodízio e testar peças que não vinham sendo bem aproveitadas até então. “Foi uma coisa muito importante na montagem do elenco, pensamos nisso. A grande diferença hoje do elenco é montar uma equipe bastante homogênea, isso dá uma qualidade e intensidade de treino muito boa. E quando precisamos nos jogos, eles estão preparados para entrar”, disse.

O ponteiro Bob Dvoranen foi o maior pontuador do Moc, com 16 marcações | Foto: Fredson Souza/MCV

O ponteiro Bob Dvoranen foi o maior pontuador do Moc, com 16 marcações | Foto: Fredson Souza/MCV

Um dos destaques do coletivo foi o ponteiro Bob, maior pontuador com 16 marcações. O jogador enxergou pontos parecidos nas duas partidas, mas a correção de postura foi o grande trunfo do Moc. “Foi o mesmo mesmo início de jogo. Imprimimos nosso ritmo, eles mudaram a estratégia e decidiram a partida. Hoje eles mudaram a estratégia, mas a gente estava preparado”, apontou.

“Hoje vamos curtir um pouquinho a vitória contra um grande rival, depois de uma grande partida. Mas a partir de segunda já começar a preparação para os dois jogos da semana que vem. Vamos viajar com o pensamento de buscar duas vitórias”, finalizou o técnico Marcelinho Ramos, antes de ir para o vestiário comemorar com os atletas.

Os três pontos deixaram o Pequi Atômico com os mesmos 11 do Minas, mas com vantagem no número de sets ganhos e no primeiro lugar do Campeonato Mineiro. Na segunda à noite o Moc viaja para encarar mais duas pedreiras; a UFJF, em Juiz de Fora, na quarta-feira (23), e o Sada Cruzeiro, em Sete Lagoas, na sexta (25).

Por: Cid Bruno

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