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Além de conhecer mais sobre o autismo, a equipe norte-mineira visitou as futuras instalações do centro de terapia e acolhimento da Anda (Foto: Fredson Souza/MCV)

 

Atletas do Montes Claros Vôlei saíram da rotina de treinos e fizeram um ato de solidariedade na manhã desta segunda-feira (15) . O elenco entregou parte das duas toneladas de alimentos arrecadados no jogo contra o Minas, no último dia 6, para a Associação Norte-mineira de Apoio ao Autista (Anda).

Uma camisa oficial do time, autografada pelos atletas, também foi doada para a instituição que atualmente cuida de 65 crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista no Norte de Minas.

Para Rodriguinho, capitão da equipe, essa ação gera expectativa para os dois lados. “Expectativa grande tanto para a instituição quanto para nós seres humanos, porque é uma realidade que não faz parte do nosso dia-a-dia. Então é bom conhecer e saber tudo que se passa com os pais e colaboradores da associação. É um prazer imenso para o time estar ajudando”, disse.

Além de conhecer mais sobre o autismo, a equipe norte-mineira visitou as futuras instalações do centro de terapia e acolhimento da Anda, que está com 40% da obra pronta e sem previsão de ser inaugurada, pois vive de doações. Para isso foi firmada também o repasse de 50% da renda de ingressos que a Anda conseguir vender.

“É muito importante que o público compareça ao ginásio, porque além de nos ajudar voltar a lotar o ginásio, vão poder ajudar várias instituições”, ressalta Rodriguinho.

Kauany, de sete anos é atendida pela associação desde 2011. A mãe, Simone Versiane, diz que foi demorado para chegar ao diagnóstico de autismo. O que mais lhe chamou a atenção foi o fato da criança não falar. A partir do tratamento com o apoio da instituição, ela ressalta a evolução no desenvolvimento da filha.

“Melhorou muito o comportamento e a socialização, principalmente com os colegas na escola. A Anda só não tem muitos recursos, mas é o porto seguro dos pais”, relata. Beatriz Santos, que está desempregada, aguarda ansiosamente por uma vaga na instituição para o filho Samuel de 4 anos. Segundo ela o caso dele é urgente. Ela reforça a importância das pessoas se mobilizarem e ajudarem para que outras famílias que estão na lista de espera, usufruam dos serviços da associação.

“É difícil sair com meu filho que ainda não recebe o tratamento. As pessoas que ajudam, seja com doações ou prestação de serviços, vão contribuir para ampliar o atendimento que hoje tem mais demanda do que oferta” salienta.

A associação contribui com o auxílio e acolhimento de famílias, além de ajudar na descoberta do diagnóstico. Profissionais como psico-pedagoga, fonoaudióloga, neurologista, assistente social e psiquiatra atendem voluntariamente. Keilia Santos, é vice-presidente voluntária, e diz como contribuir com a associação.

“Hoje temos o projeto do ‘doe um saco de cimento’, e temos também um carnê para aqueles doadores fixos. Às vezes as pessoas não tem o dinheiro, mas tem o tempo pra vir e ajudar ficando com as crianças durante uma reunião ou fazer uma estimulação de atividade”, comenta.

Segundo Keilia, é feito um cadastro das pessoas que pretendem ser voluntários, para que sejam capacitados e deêm suporte aos serviços da instituição. “Basta querer. É só escolher a forma que melhor convier”, frisa.

O Montes Claros Vôlei está na disputa do Campeonato Mineiro e a partir de outubro começa a disputa da Superliga Nacional.

Fonte: (Com informações do GloboEsporte.com)

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