O Moc recebeu o São José Vôlei, na noite de quarta (18/11), o quarto adversário paulista para seu quarto confronto na Superliga 2015/16. De uma sequência de três vitórias contra grandes equipes favoritas às primeiras posições da competição, o time norte mineiro esbarrou forte no time joseense. Com parciais de 22/25, 13/25 e 14/25, o Pequi Atômico não conseguiu manter a sequência meteórica do início de competição, no Ginásio Poliesportivo.

Foto: Matheus Pereira/MCV

No papel, a equipe do Montes Claros que começou a partida foi a mesma das últimas duas, mas em quadra o time estava irreconhecível, levando em consideração o grande desempenho nas três primeiras rodadas da competição. O oposto André Nascimento, os centrais Rafael e Salsa, os ponteiros Bob e Kadu, o levantador Índio e o líbero Kachel impuseram bom ritmo no início de jogo, de igual para a igual. Mas, a partir da primeira parada técnica, o desempenho caiu e os atletas montes clarenses não seguraram o ímpeto dos paulistas, e no reencontro com a torcida mineira, o levantador Rodriguinho, o oposto Lorena e os pontas Diogo e Poglajen terminaram a noite com os três pontos.

O jogo

Montes Claros e São José começaram em pé de equilíbrio, trocando pontos, e com a equipe da casa chegando a abrir quatro pontos de vantagem, fortalecida pelo apoio dos mais de três mil quinhentos torcedores presentes no ginásio. Mas o ritmo frenético da partida foi quebrado após a primeira parada técnica solicitada pela equipe paulista, que virou o jogo.

Foto: Matheus Pereira/MCV

O que se viu nos dois sets subsequentes foi um Montes Claros irreconhecível, muito diferente daquele que bateu, em sequência, Funvic/Taubaté, Sesi-SP e Vôlei Brasil Kirin, estes dois últimos, fora de casa. Com erros simples de fundamentos, a equipe não conseguiu se encontrar novamente dentro de quadra e permitiu que o adversário crescesse, fechando a partida com o placar máximo.

Após o jogo, o treinador Marcelinho Ramos analisou a atuação da equipe quase como um apagão. “O time hoje foi irreconhecível. Ficou muito longe do que vinha produzindo. Eu sempre falei para vocês que a gente vai procurar a vitória, mas a vitória e a derrota são consequências do desempenho, o que é cobrado deles”, disse.

Foto: Matheus Pereira/MCV

“Hoje é um dia para se esquecer”, continuou. “Trabalhar num ambiente com vitória é muito mais saudável que em um ambiente de derrota. Vinhamos neste sentido, com três vitórias. E não vitórias ao acaso. Vitórias muito boas com volume de jogo muito bom. Prova disso foi o primeiro set. Tivemos um volume muito bom, sacamos muito bem, fizemos uma marcação muito boa do time deles, mas a partir do segundo set nós não jogamos. Não estávamos nem conseguindo passar a bola para o lado deles para podermos trabalhar nossa situação defensiva”, analisou o treinador.

Marcelinho completou ressaltando que esta partida aquém do desempenho demonstrado pela equipe não abala continuidade da competição. “Não houve desempenho mas isso não apaga o que fizemos até agora. (Vamos) Continuar com paciência, trabalhar cada vez mais para buscar os resultados nas próximas partidas. Todos vocês sabem do que este grupo é capaz de fazer tática e tecnicamente. O voleibol eu penso como quatro pilares: técnica, tática, preparação física e a questão anímica. Hoje, talvez a questão anímica tenha ficado um pouco apática, e isto influenciou diretamente na situação técnica e tática.”

O JOGADOR QUE NÃO ENTRA: termômetro do Moc, mais 3.500 torcedores estiveram presentes no Caldeirão | Foto: Matheus Pereira/MCV

A ocupação do Montes Claros na tabela é a segunda colocação, com 7 pontos. A equipe foi superada pelo próprio São José, novo líder da competição, com 9 pontos. A próxima partida do Pequi Atômico será em casa, na quinta-feira (26/11), contra o favoritíssimo Sada/Cruzeiro, que na mesma noite de quarta foi superado pelo Bento Vôlei/Isabela, também pelo placar de três sets a zero.

#AbraçaMariana

Jogadores das duas equipes se uniram em um minuto de silêncio | Foto: Cid Bruno/MCV

Antes do saque inicial, os atletas do São José se juntaram aos guerreiros do Moc em um minuto de silêncio, em homenagens às vítimas da catástrofe das barragens da cidade de Mariana.

Por: Cid Bruno

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