No fim de semana, o MOC Vôlei realizou a seletiva para as categorias de base, visando os desafios da próxima temporada. Ao todo, foram mais de 380 inscrições, 134 atletas avançaram para a etapa presencial e nove foram aprovados para integrar o projeto — cinco no Sub-17 e quatro no Sub-19. Participaram jovens de cerca de 83 cidades, sendo 26 somente de Montes Claros.

Os estados presentes foram Minas Gerais (66), Bahia (16), São Paulo (5), Ceará (2), Rio de Janeiro (2), Distrito Federal (1), Goiás (1), Pernambuco (1), Paraná (1), Alagoas (1).

O treinador das categorias de base, Marquinhos, reforçou o trabalho estruturado e a tarefa de cuidar dos sonhos dos garotos. “A responsabilidade, sem dúvida, é muito grande. A gente está lidando com os sonhos dos atletas. Muitos vieram de longe. Muito de Minas, Norte de Minas, e de longe. Tivemos todo cuidado para desenvolver esses sonhos deles juntamente ao projeto que tem toda uma estrutura para trabalhar isso desde academia, preparadores físicos e fisioterapeutas. Todos esses atletas, se aprovados, farão parte do projeto e terão toda essa estrutura”, frisou.

O técnico do time adulto, Walner Santos, destacou o impacto da seletiva além das quadras. “Esse processo é o mais importante na vida do atleta que existe. Entendo que a formação do cidadão passa por esse caminho. É uma oportunidade maravilhosa, de integrar a um clube tão bacana e tradicional e que está se propondo a formar um projeto de formação. O voleibol, dentro do cenário esportivo, é um dos mais importantes para essa formação”, disse.

O aprendizado do “sim” e do “não”

A psicóloga e mãe de atleta, Renata Moura, falou sobre a maturidade emocional do esporte. “O não a gente conversa sendo sempre um processo. Às vezes, não passa na peneira, mas ele conseguiu atingir ali e se superou. O não passar na peneira, mas passar na primeira fase é um sim. No esporte eles sempre lidam com o não. Ainda mais no vôlei, que é rápido. O não pegar a bola, não conseguir fazer o ponto e eles têm que processar isso rápido”, comentou.

O capitão e oposto do time adulto, Jô, compartilhou sua vivência e aconselha jovens atletas. “A fase da peneira é importante na vida do atleta. Quem não passar por isso aqui não está vivenciando o vôlei. A dica é tentar minimizar a ansiedade, o nervosismo, que eu sei que bate muito. Já estive nesse mesmo lugar e sei como funciona. O não nunca é o fim. Na nossa vida, a gente vai ter sim e não. Só precisa saber lidar de uma forma boa.”

De longe para sonhar mais alto

Jovens de diferentes regiões cruzaram o país em busca de uma oportunidade. Matheus Loss é de Maceió-AL. Ele não mediu esforços para buscar uma vaga no time norte-mineiro. “Eu vim de Maceió, Alagoas, percorri umas dez para chegar aqui. Tive que pagar o voo de Recife. Enfrentei atraso no voo e fui chegar aqui às nove horas da noite. Correr atrás do sonho todos querem, mas nem todo mundo faz. É muito bom vim para o projeto, ter essa experiência e fazer essa seletiva.”

Já Roberto, atleta do Distrito Federal, vem se dedicando há um tempo. “Jogo há três anos, fiz uma seletiva para o time da nossa cidade sem expectativa alguma e consegui passar. Um ano depois consegui fazer uma seletiva para a Seleção do DF e fui aprovado também. Joguei o CBS pelo Distrito Federal e vim tentar a vaga no MOC.”

Alex dos Santos, pai de atleta, falou sobre a base familiar. “Uma distância bem considerável. A família é fundamental para o fortalecimento dele não só como atleta, mas como cidadão. Acho muito importante o apoio da família.”

As cidades representadas foram: Montes Claros–MG (26), Salvador–BA (4), Carbonita–MG (3), Varzelândia–MG (4), Couto de Magalhães de Minas–MG (3), Guanambi–BA (3), Porto Seguro–BA (3), Itarantim–BA (3), Fortaleza–CE (2), Lavras–MG (2), Paraopeba–MG (2), Rio de Janeiro–RJ (2), Coração de Jesus–MG (2), Belo Horizonte–MG (1), Brumado–BA (1), Recanto das Emas–DF (1), Minas Gerais–(geral) (1), São João do Paraíso–MG (1), Guarulhos–SP (1), Camaçari–BA (1), Posse–GO (1), Recife–PE (1), Itapeva–MG (1), Mato Verde–MG (1), Ribeirão das Neves–MG (1), Jaú–SP (1), Pirapora–MG (1), Três Corações–MG (1), Jundiaí–SP (1), Timóteo–MG (1), Pedra Azul–MG (1), Vazante–MG (1), Ibiporã–PR (1), São Paulo–SP (1), Maceió–AL (1), João Pinheiro–MG (1), Brasília de Minas–MG (1), Lagoa da Prata–MG (1), Santo Antônio do Amparo–MG (1), Belo Vale–MG (1), Bahia–(geral) (1), Curvelo–MG (1), Lagoinha–MG (1), Divisa Alegre–MG (1), Patos de Minas–MG (1), Vitória da Conquista–BA (1), Perus–SP (1), Bocaiúva–MG (1), Diamantina–MG (1), São José dos Campos–SP (1).