Rodrigo

MINEIRO ARGENTINO Estatístico e auxliar técnico, argentino Rodrigo Fuentealba vive novo momento na equipe e destaca o valor dos números (foto: Fredson Souza/MCV)

Estatístico e auxiliar técnico do Montes Claros Vôlei, o argentino Rodrigo Fuentealba já pode ser considerado um montes-clarense, roedor de pequi. Ele, que fez parte da equipe vitoriosa de 2009, que teve no clube o maior pontuador da Superliga naquele ano, o oposto Lorena, vive novo momento na atual equipe.Fuentealba destaca nesta entrevista a importância de mensurar, analisar e expor os dados colhidos durante os jogos. E garante que os números fazem diferença no rendimento do grupo. E destaca a cobrança individual de alguns atletas que buscam a excelência em quadra, como o capitão e experiente levantador Rodriguinho. Confira na entrevista abaixo.

Voleimoc – Como os números e dados estatísticos auxiliam no bom rendimento da equipe?

Rodrigo Fuentealba – Eles aportam uma visão diferente do jogo, podemos olhar rendimento em eficácia e eficiência, direções de ataque e saque nos permitindo preparar e trabalhar as deficiências do time e jogadores individualmente.

Quais são os dados mais importantes e mensurados por você?

Todos os dados são importantes pra mim, porque tem uma relação um com o outro. Nas partidas, por exemplo, utilizamos a distribuição do levantador adversário, direções de ataque e porcentagens dos atacantes em todos os fundamentos.

Estes dados são colhidos apenas durante os jogos ou nos treinamentos também?

Dificilmente a gente faz “scout” nos treinos, só quando fazemos treinos objetivos onde precisamos das estatísticas pra fazer a pontuação

As imagens também são uma ferramenta importante para o desempenho coletivo e individual da equipe?

Com certeza, elas nos permitem ver claramente as falhas e acertos da nossa equipe e a adversária, e sob elas podemos planificar treinamentos.

Você acompanhou a equipe de 2009 não foi? Qual a diferença, em termos estatísticos, da equipe desta temporada?

Acompanhei sim. Os números não poderiam ser comparados, porque nesse tempo a superliga contava com 17 times, e podemos ter certeza que a Superliga daquele ano não era tão competitiva como essa agora. Mais podemos destacar desempenhos individuais como do Lorena, em 2009, na posição de oposto, no qual foi o maior pontuador do time na fase regular, e nesta temporada podemos ver o argentino Cristian Poglajen (Polaco) como nosso maior pontuador na fase regular.

Tem algum jogador que se cobra mais, procura você para saber como foi na partida anterior?

Tem vários. E o legal que são de diferentes posições, como o Salsa, Cristian, Gian, Rodriguinho.

O que seria do Voleibol sem o trabalho do estatístico?

Olha, não só do voleibol, mas de todos os esportes em conjunto e alguns individuais como tênis. Seria uma “involução” já que agora todo tipo de estudo é feito em base de imagens e estatísticas, as quais facilitam o preparo pra qualquer competição.

Como acompanhar a equipe durante uma partida emocionante e ter que colher os dados ao mesmo tempo? Já acostumou com isso? Dá trabalho alcançar o nível de eficiência, já que você também acompanha a equipe em todos os jogos e viagens

A gente trabalha com material humano, então às vezes você tem uma semana ótima de treinos, e na seguinte por ‘x’ motivos, que podem ser bem diversos, você a perde. Também quando deixamos de treinar algum fundamento tendemos a cair no rendimento dele. Nós tentamos trabalhar mais os fundamentos que fazem forte a nossa equipe e tem outro os quais a gente só treina pra corrigir erros.

Podemos afirmar que os dados são preciosos nesta modalidade de esporte?

Isso é um fato importante. E mais ainda porque no Voleibol a bola não para, então temos que achar padrões pra os quais temos que treinar antes e acostumar nossa equipe a um novo tipo de jogo do nosso próximo adversário.

E qual seria o maior desafio do estatístico no voleibol?

Olha, desafios enfrentamos a cada partida. Uma delas é antecipar jogadas em momentos decisivos, nos adaptar a situações diferentes em momentos curtos do jogo para as quais não tínhamos olhado num vídeo. Não pelo fato de passar por alto, mas sim porque o time adversário treinou aquela situação diferente, que se converte num jeito novo de jogo daquele time.

#GoMoc

Por Andrey Librelon

 

>> Acompanhe a equipe também nas mídias sociais. Estamos no Twitter, FacebookInstagram e YouTube com materiais exclusivos.

(Este material está liberado para reprodução. Os órgãos de imprensa devem citar o Site Oficial do Montes Claros Vôlei como a fonte da informação)

Comments

1